segunda-feira, 27 de junho de 2011

62º Aniversário dos B. V. de PCT

Ontem, os Bombeiros Voluntários, comemoraram o 62º aniversário. O que é normal, pois, os anos passam e as datas são para se recordar e algumas para se comemorar. No entanto, comemorar o 62º aniversário é quase o mesmo que comemorar o 158º mês ou a 1.327ª semana. Isto é, é apenas uma data para lembrar.
O que é usual, é festejar-se o 10º, 25º, 50º, 75º ou 100º aniversários!
Parece-me, ainda, que dadas as dificuldades financeiras que o país e todas as instituições atravessam, gastar dinheiro num almoço neste momento, cai mal! Pior ainda porque as instalações andam em obras de ampliação e todos os dinheiros são poucos.
Há erros que nem a desculpa de oferecer um almoço ao Corpo Activo, convence. Louvamos os esforços de todos e, principalmente, daqueles que dão o corpo ao manifesto. No entanto, parece-me que esses, os verdadeiros heróis do dia a dia, veriam com bons olhos que o dinheiro gasto no almoço fosse melhor empregue.
Ontem, estiveram presentes no almoço do 62º aniversário, dois dos antigos directores que, sem vaidade e com muito trabalho, meteram ombros à tarefa de construir o actual quartel no final dos anos 70. Numa altura difícil, sem dinheiro e com muito poucos subsídios, meteram-se sem medo nesse empreendimento, e, com sucesso, foi possível inaugurá-lo em Junho de 1980, já lá vão 31 anos. Pois nenhum responsável foi capaz de lhes fazer uma breve referência e reconhecer, publicamente, que, graças ao esforço desinteressado e ao empenho daqueles dois antigos directores, Prof. António Silva e Sr. José Antunes de Barros - e de outros que memórias mais penalvenses não deixam esquecer - foi possível sair do barracão onde durante 31 anos tinham estado.
Já agora, e porque também me toca, a madrinha do Quartel do Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo, é a minha Mãe, quase com 95 anos e que, desde a inauguração até hoje, nunca foi lembrada ou convidada para qualquer festividade ou comemoração da instituição. E, acreditem, ela foi convidada para madrinha, não foi pelos seus lindos olhos. Aliás, não acredito que haja em Portugal, outra madrinha de qualquer outro Quartel de Bombeiros, mais idosa do que ela.
De vez em quando, fica bem aos responsáveis, descerem um pouco do seu pedestal e reconhecerem que, antes deles, outros já por lá passaram e que, foram eles que iniciaram ou deram continuidade ao Passado da instituição.

6 comentários:

Anónimo disse...

Consta e diz-se à boca pequena que acerca da madrinha houve discordância na reunião da direção dos bombeiros. Pelo menos 2 dos membros achavam que ela deveria ser convidada mas o Ribeirinho queria os louvores só para si e disse sempre que não. Passou o dia a andar à volta do Leonídio que é o que melhor faz. Dizem que se odeiam!? Mas é vê-los sempre juntinhos. Amor, amor a quanto obrigas.

Gabriel Costa disse...

Já nada me espanta!

Anónimo disse...

O Zé Campos de Sangemil e o Dr. Aires que é seu vizinho queriam relembrar à terra a verdadeira história e quem a fez mas descartaram-lhe as opiniões.

Gabriel Costa disse...

Será que isso foi discutido em alguma reunião da Direção? Estará em Acta algo sobre isso? Gostaria de saber.

Anónimo disse...

Meu querido amigo, se foi discutido, já lhe disse que foi. Agora a ata já é outra história. Eu pessoalmente não acredito que esteja, afinal bem sabemos que na maioria das vezes as discussões, confusões e votos contra não vão para as atas. Pormenores também não conheço e, lamento não conhecer, mas a verdade é que eu não estava lá (não tenho esse direito), foi-me dito por uma pessoa que considero de confiança, nada mais. Abraço mas acho que para clarificar só falando com os que apoiavam a participação dos nossos benfeitores mais antigos.

Gabriel Costa disse...

Agradeço a informação. Obrigado.