quarta-feira, 3 de abril de 2013

298º lugar da vergonha!

Depois não digam que apenas se fala, por falar.
A Câmara Municipal de Penalva do Castelo, sempre tão atenta aos artigos louvaminheiros a suas excelências e á sua "profícua" actividade,não procede da mesma maneira quando as evidencias e as verdades, vêm ao de cima. Para quem se diz atento, ficamos a saber que, afinal, a atenção é apenas para o que lhes convém e para satisfazer o enorme ego de quem nos governa.
Sem capacidade para enfrentar a crise e as dificuldades que o concelho atravessa, este executivo não consegue há mais de 10 anos, descolar dos vergonhosos lugares do fundo da tabela, no que toca ao crescimento económico e ao desenvolvimento sustentado. Como cigarras, vão cantando louvores ao Queijo da Serra, ao Vinho do Dão e á Maçã do Bravo de Esmolfe, sem darem conta que, isso, é um complemento e está intrinsecamente ligado á agricultura. Apenas por aí, não vamos a lado nenhum.
Numa época em que o crescimento industrial do país desce continuamente, estão a gastar uma fortuna na Zona Industrial de Esmolfe, numa obra que começou com 12 anos de atraso e que se arrasta pela eternidade. Começaram tarde e não deram conta. Andam a dormir na forma, enlevados nas suas próprias decisões. Fazem lembrar a anedota do juramento de bandeira. Dizia a mãe toda orgulhosa do seu rebento: "todos levavam o passo trocado, menos o meu filho".
A UBI - Universidade da Beira Interior, realizou um estudo alargado e muito completo do grau de desenvolvimento económico de todos os concelhos do país. Penalva do Castelo ficou nos 10 últimos, o que só é novidade para quem anda distraído ou para quem está a comer á mesa do orçamento municipal. Assim, vamos tomando conhecimento do que realmente valemos quando tomamos atenção ao que lá fora, dizem de nós.
Na lista que pretende avaliar a qualidade de vida dos municípios portugueses, Penalva do Castelo ocupa um "vergonhoso", 298º num ranking de 308.
A terceira edição do estudo, elaborada no último trimestre de 2012, inclui 48 indicadores baseados em dados de 2010 do Instituto Nacional de Estatística (INE) e referentes aos 308 municípios de Portugal. A classificação tem em conta condições materiais, sociais e económicas subdivididas em itens como número de centros de saúde ou equipamentos culturais por cada mil habitantes, a taxa de escolarização ou o dinamismo económico.
Alguns municípios têm resultados surpreendentes, tais como os de Constância, Marvão, Alter, Barrancos, Vimioso, Santa Cruz das Flores e outros.
Lista dos primeiros classificados no índice:
1.º Lisboa; 6.º Marvão; 7.º Constância; 11.º Vimioso; 16.º Alter do Chão; 17.º Barrancos; 18.º Santa Cruz das Flores.
Lista dos últimos classificados no índice:
293.º Cinfães; 293º Cinfães; 298.º Penalva do Castelo; 302º Sátão; 308.º Câmara de Lobos.
Para quem ama a sua terra, ler estas coisas, mata. O pior é que, quando saírem, não serão responsabilizados pela herança que deixarem.
Gabam-se de ter muito dinheiro no banco e muito crédito.
Para quê? Para vivermos numa terra sem pessoas e sem futuro?