terça-feira, 26 de outubro de 2010

PENALVA NO SEU MELHOR.........

NA ZONA DA LAMEIRA É ESTA VERGONHA!

Dá gosto viver em Penalva, não dá?




De facto, para além da Maçã do Bravo, do Vinho e do Queijo, também, temos direito ao desleixo á incúria, ao laxismo, ao desmazelo, etc, etc.
Agora digo eu: E Á VERGONHA?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Variante e o Coxo

Mais depressa se perde uma Variante do que se apanha um Coxo.


Esta é a moral da história, mal contada, da Variante da E.N. 329 á Vila de Penalva do Castelo.
Ontem, no “Jornal de Notícias” e hoje, no “Diário de Viseu”, foi dada á estampa uma entrevista do Presidente da Câmara, bramindo, com um ar “indignado”, contra a empresa "Estradas de Portugal" por esta ter pago o projecto da Variante e rescindido o contrato do mesmo, sem este estar completo. Dizia ele ao jornalista que”estávamos convencidos de que a obra ia por diante”. Mas, a verdade é que não foi.
Admiro-me pelo facto do Presidente da Câmara se ter admirado de se ter pago uma coisa que não foi feita. Ele conhece casos idênticos! Como Vereador, 2006-2009, várias vezes lhe chamei a atenção para alguns casos das obras a decorrer aqui na vila, nas quais foram pagos trabalhos e materiais que os empreiteiros dessas obras não executaram nem colocaram em obra. E calou-se!
Neste caso, com a empresa Estradas de Portugal, não se calou…e bem!
Mas vamos aos factos:
O PDM de Penalva do Castelo está aprovado desde 1997 e nele está definido o corredor por onde deve passar a Variante. Ainda hoje, é o ÚNICO aprovado e não há outro qualquer que possa ter qualquer importância para esta discussão. Na entrevista omitiu tal facto! Esse corredor inicia-se um pouco antes do cruzamento para a Quinta da Silva e vai percorrendo a encosta em direcção a Penalva até chegar junto á Fábrica das Malhas, nas traseiras do ECOMARCHÉ, desce para a Ínsua, sobe para a Estrada de Pindo antes do Urgueirinho, passa nos fundos do chamado Colégio da D. Cristina (hoje Centro de Noite da Santa Casa da Misericórdia), depois vai em direcção ao Retiro, atravessa a Estrada Nacional um pouco abaixo da serralharia do Sr. Moita, continua pela vinha do Sr. Presidente da Câmara e engata na curva da Estrada Nacional a seguir ao Campo de Futebol da Cerca, passando por detrás da casa do Sr. Fortunato. Quer o Presidente da Câmara queira quer não, este é o ÚNICO traçado aprovado.
Depois de regressar á presidência da Câmara em 2002, tratou de alterar o local de passagem da Variante, desconhecendo-se publicamente, até hoje, os motivos que levaram a tal.
Em 2004, a fazer fé na entrevista, o projecto da Variante foi posto a concurso. Ora, ninguém acredita que os projectistas fossem utilizar outro traçado que não o ÚNICO inscrito no PDM, pois este fora aprovado pela Junta Autónoma das Estradas, dado que era a esta entidade que competia a sua construção.
Mas, curiosamente, começaram a fazer um estudo que englobava três hipóteses, abandonando o traçado previsto no PDM. Porquê? Quem lhes deu essas indicações? Que motivos e justificações foram apresentados para que se que se esquecessem do ÚNICO traçado legal?
No artigo dos jornais, chama-se a atenção para “os legítimos interesses de um elevado número de proprietários”. Quem são eles? Nunca os ouvimos manifestar-se, nem se perceberia qualquer manifestação, dado que, até ao momento, não se sabe ao certo o que é que ia ser feito e onde.
Quem é que “disponibilizou parcelas de terreno”, sem saber do traçado efectivo?
E diz mais: “O prejuízo decorrente da cativação de área para a construção da variante, acaba por atingir outros proprietários do vizinho concelho de Sátão”. Como? Se nenhum dos traçados em estudo estava aprovado e nem fazia parte do PDM, como era possível já haver terrenos guardados no concelho do Sátão? Se o próprio PDM do Sátão não comtempla essas obras, como era possível fazê-las?
Confirma ao jornalista que “está prevista a sua passagem pela futura Zona Industrial Municipal (ZIM), junto ao Cervum, onde, inclusive, já comprámos terrenos para garantir este importante empreendimento para o desenvolvimento económico do concelho”. Pois comprou…e a que preço! 19.000 m2 por cerca de 29.000 contos, quase 150.000 euros. Quase a 14.000 contos o hectare por terreno deserto, sem floresta ou qualquer outro aproveitamento á época.
Para terminar:
afinal, havendo (esqueceu-se certamente de referir) um protocolo assinado em 2005, com um Secretário de Estado do PSD, para a construção da Variante, porque não exigiu então a obra, que já estava em PIDDAC desde 2004?
afinal, poque não esclarece que variante estava previsto construir no PIDDAC de 2004?
afinal, estando tudo tão confuso, porque não esclarece, de uma vez por todas, quem são os lesados, quais são os terrenos e qual é o traçado!

afinal, porque não esclarece quem e quando se resolveu alterar o que estava previsto e aprovado no PDM?
É que nem os Vereadores sabem qual é, nem os Vereadores aprovaram coisa alguma, nem a Assembleia Municipal conhece o que quer que seja e nem o PDM foi alterado!
Como é possível dizer-se tanta coisa sem se dizer coisa alguma?

Como cidadão, é-me legítimo pensar que, toda esta trapalhada criada e alimentada pelo Presidente da Câmara, se destina a desviar a passagem da Variante da Estrada Nacional da sua propriedade. Será?

Veja: http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Viseu&Concelho=Penalva%20do%20Castelo&Option=Interior&content_id=1690308