quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A mordaça.

Hoje, fui assistir à Assembleia Municipal.
Não que o programa fosse interessante, mas porque estava curioso em conhecer a capacidade de intervenção dos seus novos membros. Nada de novo! Porventura porque a Ordem de Trabalhos não era de modo a haver grandes debates. Interessante, apenas a apresentação do Vereador José Laires, que, sem papas na língua, deu a conhecer a real situação da Câmara, face aos propagandeados "milhões de euros" que o anterior executivo diz ter deixado nos cofres municipais. O resultado da acesa discussão entre ele, o ex-Presidente Leonídio Monteiro e o candidato derrotado do PSD, Carlos Ferreira,  vereador no último mandato, foi de uma clara vitória a favor do novo Vereador. De facto, contra números e documentos, não há argumentos.
No entanto, vá-se lá saber porquê, por 2 vezes o meu nome foi utilizado para que os membros da coligação PSD/PP se pudessem defender do ataque do Vereador Laires.
Ora, estando eu fora da Câmara, como Presidente, há 15 anos, não entendi a razão da utilização da minha pessoa numa luta entre o PSD e o PS.
Parece-me que há quem não consiga dormir, mesmo passado tanto tempo, com o meu fantasma à sua cabeceira.
O pior, foi o final: tendo, durante o decorrer da reunião, pedido ao Secretário da Mesa que me inscrevesse para falar, pois pretendia defender-me da as aleivosias de quem usara o meu nome, fui impedido de o fazer pelo Presidente da Assembleia Municipal, contrariando uma prática com quase 40 anos de uso. Saí da sala e, já na saída do edifício dos Paços do Concelho, demonstrei-lhe o meu desagrado pela situação insólita.
Ás vezes, as piores ofensas, aparecem de onde menos se espera.