É este o slogan que a Câmara Municipal apregoa. "Dá gosto viver em Penalva", diz o Presidente da Cãmara na sua mensagem de boas vindas, na internet e em tudo o que é propaganda do concelho.De facto só se for para ele e alguns privilegiados que, vindos de fora, aqui encontram emprego, coisa que os jovens de cá não têm. Os Penalvenses são tratados como lixo e desrespeitosamente. Esta gente que apregoa o "bom ambiente" no concelho de Penalva e depois despeja quantidades industriais de merda no Rio Dão, cometendo um atentado ao ambiente, deve estar a gozar connosco.
Mais uma vez, como é habitual, a Câmara Municipal descarregou toda a porcaria da ETAR de Gôje, no Rio Dão. O fedor é insuportável, a merda (não há outra palavra mais elucidativa) cobre o rio e agarra-se ás arvores, pedras, ervas e a tudo o que banha(?). Peixes, já não há! As águas têm cor cinzenta, castanha, amarela e esverdeada, todas as cores menos o aspecto cristalino que deveria ter. Mais do que inconsciência e desgoverno, é CRIME!
Estas fotografias foram feitas no dia 29 de Outubro no Pontão da Marinha e na Ponte de Trancoselos
terça-feira, 30 de outubro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
QUEM DEFENDE OS PENALVENSES?
O Presidente
da Câmara de Penalva do Castelo, resolveu, sem mais nem menos, ser solidário com o concelho do Sátão,
prejudicando os penalvenses que o elegeram e a quem deveria ter defendido.
A coisa
conta-se em poucas palavras: a Reforma Judiciária que o Ministério da Justiça
está a levar por diante, previa a extinção do Tribunal Judicial do Sátão. Mais
uma machada no interior, efetivamente. As dificuldades do país obrigam á
racionalização de meios e a cortes na despesa pública, o que se torna evidente
e necessário. Na eminência de ver Tribunal desaparecer do seu concelho, o
Presidente da Câmara do Sátão encetou, como dezenas de outros fizeram, uma luta
para que tal não acontecesse. Louvável da sua parte e outra coisa não se
esperava. Como corolário da sua luta, ameaçou não se candidatar nas próximas
eleições autárquicas e portanto, o PSD viu-se na eminência de perder a
liderança da autarquia. Tocaram as campainhas no partido e foi necessário encontrar
uma solução que desse peso á sua luta.
Vai daí,
telefona ao Presidente da Câmara de Penalva do Castelo - nada de oficial,
portanto - e pede-lhe o seu apoio. Ora, embora tratando-se de um pedido não
oficial o P. C. de Penalva, escreveu um ofício ao Secretário de Estado da
Justiça, afirmando que "não via
inconveniente" que os processos judiciais do seu concelho, tramitassem
do Tribunal Judicial de Mangualde para o de Sátão. Foi, pois, uma decisão particular, que emitiu
sem ouvir ninguém: não ouviu os Vereadores ou a Assembleia Municipal,
desrespeitando órgãos e funções. Como tal, não tem validade, na medida em que
obriga todos os cidadãos de Penalva a alterarem hábitos, costumes e, sobretudo,
atenta aos seus interesses e bem estar. Decidiu sozinho, sem solidariedade para
com os que o acompanham no dia a dia, mandando
ás malvas todos os eleitos e sem pensar, sequer, se aquela tomada de posição
era a que interessava mais aos seus munícipes. (Ou então não acreditava que
quer os Vereadores quer a Assembleia Municipal partilhasse a sua maneira de
pensar, e lá se ia a negociata política do PSD).
Não está em
causa a manutenção do Tribunal do Sátão. Mas comprometer o bem estar e os
interesses dos seus cidadãos, que o elegeram para os representar e defender, para
ir ao encontro dos interesses dos cidadãos do concelho vizinho, é que não me
parece correto. Mudar do Tribunal de Mangualde para o do Sátão, não é defender os nossos interesses.
O pior, é
que a sua decisão foi baseada num principal pressuposto : "o Tribunal do Sátão fica mais perto 900
metros". O que não é verdade para a maioria das sedes de Junta de
Freguesia do Concelho.
Não há
transportes públicos entre Penalva e Sátão, por manifesto falta de
rentabilidade económica, mas jura a pés juntos, que a Câmara do Sátão fará esse serviço, embora apenas seja tudo conversa fiada, pois não tem qualquer documento que o confirme.
(Já se imagina um autocarro da Câmara do Sátão, estacionado em Penalva, á
espera de quem tem que ir ao Tribunal do Sátão servir de testemunha ou pedir um
Registo Criminal!). Decidiu particularmente,
a pedido também ele particular, do Presidente do Sátão e sem qualquer solicitação do Ministério da Justiça.
Os
pressuposto para esta decisão são, no mínimo, ridículos.
Assim,
decidiu, particularmente, comprometendo todos os habitantes do concelho de
Penalva e não está disponível para alterar a sua decisão porque acha que os
penalvenses "têm a cabeça formatada".
Diz que "temos um crédito a nosso
favor" nas relações como Sátão.
Então, seria
bom que esse "crédito",
fosse utilizado para construírem a Estação de Tratamento de Esgotos de Rio de
Moinhos, que há anos despeja toda a porcaria (leia-se, merda) no Rio Coja, um pouco a montante
da Nª Sr.ª de Lurdes. Esta é a água que nós consumimos da rede pública. (De certo que o despejo periódico da ETAR de Goje no Rio Dão, como aconteu nos últimos dias, lhe dá legitimidade para aceitar esta situação).
Como dizia
Kant: "Os sábios reconhecem os seus
erros, os ignorantes, nunca", ou, como diz o povo: "Só os burros é que não mudam".
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